A Calmaria daquele lugar
Verônica Souza
A calmaria daquele lugar. O andar tranqüilo. O olhar duradouro e profundo. Recordo-me do quanto é bom estar na vila Kostkla. É bom demais.
Sinto o meu interior agitado. Parece que tenho muitas coisas para fazer e gostaria de tê-las concluídas. E acredito que este sentimento é por causa de vários outros como ansiedade e medo. É claro que gostaria que todas as coisas já estivessem resolvidas, mas na lógica da capacidade humana, pelo menos em sua média, o correto é um passo de cada vez, é fazer uma tarefa por vez e fazer da melhor forma possível.
Eu quero melhorar, quero entender profundamente a vida e vivê-la da melhor maneira possível, lutando contra São Paulo, contra a agitação desta cidade. Quero viver nela, mas não quero ser como ela. Quero ter minha empresa, mas para ela me dar alegrias e conforto e não para ser um peso e somente uma fonte de renda.
As coisas devem servir as pessoas e não ao contrário. Algumas pessoas que cruzam o meu caminho ou que eu esteja cruzando estão como carros correndo para chegar antes de todos. Mas para que? Para ser vangloriadas ou para acharem-se as melhores. No filme Carros, desenho, ouvi a seguinte frase: antes as pessoas andavam nas estradas para passar o tempo e não para passar mais rápido e por isto elas observavam a natureza, tinham cuidado, eram amigas das outras pessoas, paravam nos lugares e curtiam o momento. Hoje, realmente, as estradas têm um único objetivo, fazer com que cheguemos mais rápido e nesta corrida acabamos pensando somente em nós.
Mudar toda esta realidade é completamente difícil, todos os dias deve ser um desejo alimentado, porque o mundo toma conta e a gente nem percebe.
Eu mesma sou vítima desta agitação paulistana. Com a minha situação de autônoma e propensa a abertura de empresa observo demais os acontecimentos no mundo capitalista e vejo que já passei momentos de desespero porque não tinha clientes e talvez porque queria ter muitos clientes para conquistar tudo o que quero antes do previsto. Mas foi bom, hoje amadureci um pouco mais e sei que situações deste tipo são comuns. É preciso tomar cuidado, ter um bom cliente, cuidar dele e sempre estar disposta a aprender.
Posso garantir que quero seguir adiante, crescendo na capacidade de atendimento ao cliente e à minha pessoa.
Olá, deixe seu comentário para A Calmaria daquele lugar